O caminhão de lixo freia e Rebeca corre até o contêiner para fuçar os sacos. É a sua luta diária contra a fome, que leva muitos venezuelanos a viverem de restos de comida.
Antes que os resíduos sejam triturados, vasculha avidamente e encontra um pouco de macarrão. Rebeca León tem 18 anos, está terminando o ensino médio e vive no bairro popular de Petare, em uma casa que, apesar da miséria, conta com os serviços básicos.
Um filho de dois anos desnutrido, uma mãe com deficiência e semanas “à base de água” a levaram, há seis meses, a percorrer as ruas de zonas ricas para buscar comida no lixo.
“Minha mãe não aceitava, mas o que mais se pode fazer com a situação ruim do país? Ia morrer de fome, dava para ver os ossos dela”, conta à AFP.
Sua rotina é angustiante. Estuda à tarde, e depois do colégio vai direto caçar caminhões coletores de lixo e revirar sobras em restaurantes, de onde tira restos de frango, pão, peixe ou queijo.
Dorme na rua e volta à casa de manhã para limpar o que recolheu e descansar, para depois continuar fazendo a roda girar.
“Vivemos de lixo”
Cerca de 70 pessoas, entre elas várias crianças, esperam com Rebeca os caminhões coletores, e repartem o controle das lixeiras de restaurantes.
Em um desses lugares, José Godoy, pedreiro desempregado de 53 anos, lambe ansioso um prato descartável. Suas duas filhas, de seis e nove anos, bebem suco retirado de um pote. Estão anêmicas, e comem apenas bananas ou iúca uma vez por dia.
“Uma noite fomos dormir sem comer. Não desejo isso a ninguém. As crianças choravam e diziam: ‘tenho fome’. Vendi as ferramentas, tudo, e por último saí às ruas. Milhares de nós vivemos de lixo”, relata José.
essa é a triste realidade do socialismo, fome e miséria! um povo inteiro trablhando para um governo corrupto e escrava desse governo! esse seria nosso futuro também se essa corja, essa quadrilha continuasse no governo! infelizmente tem muita gente decente que ainda não abriu os olhos pra realidade e ainda defende esses bandidos!
ResponderExcluirO Brasil
ResponderExcluirestá andando pra o mesmo caminho.infelizmente.