Aluna do último ano do curso de Educação Física, Nilcea Barroso Carrera de 86 anos sempre desejou trabalhar na área. "Na época em que eu podia fazer educação física, na minha juventude, eu não consegui porque a minha mãe não tinha condições financeiras", contou.
Nilcea foi aprovada em primeiro
lugar e, atualmente, os colegas de turma contam que ela mais ensina do que
aprende. Segundo eles, ela corrige o português nos trabalhos em grupo.
“Fazer esporte, jogar vôlei,
fazer natação, estudar, ser mãe, ter filhos, quero chegar nessa idade desse
jeito", afirmou Gabriela Mansales, colega de classe da idosa.
Nilcea acabou se tornando professora, mas nunca esqueceu a paixão por esportes.
"Eu lecionei 26 anos e, na época, tinha no currículo educação física no
horário, mas ninguém dava porque não era obrigatório. Não era obrigatório, mas
eu ensinava" relatou ela, que teve ajuda dos sobrinhos que trabalhavam na
área e emprestavam apostilas.
O gosto pela profissão atravessou gerações. Nilcea viu com orgulho netos e filhos se tornarem professores da disciplina. “A inspiração da família é ela”, contou a filha Carla Barroso.
O gosto pela profissão atravessou gerações. Nilcea viu com orgulho netos e filhos se tornarem professores da disciplina. “A inspiração da família é ela”, contou a filha Carla Barroso.
“Minha mãe, meu irmão, tios,
primos, vai longe, o amor pelo esporte não é só hobby, a gente gosta mesmo, não
fica sem”, disse Lia Fernanda Barroso, neta de Nilcea e educadora física.
Praticante de vôlei desde os 14 anos, aos 60 anos Nilcea descobriu uma nova
habilidade: a natação. Em 2010 e 2011 ela conquistou medalha de ouro na
modalidade nos Jogos Regionais dos Idosos.
Disposta, Nilcea não abre mão
das aulas práticas do curso e garante que não vai parar. "Eu quero
continuar dentro do esporte, acho que como professora de Educação Física eu
tenho uma chance”, concluiu
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