segunda-feira, 20 de março de 2017

A ex-primeira dama do Rio de Janeiro vai permanecer na cadeia

O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, revogou a decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que concedia regime de prisão domiciliar para Adriana Anselmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral. Com essa decisão, ela terá que permanecer presa no Complexo Penitenciário de Bangu, onde esta cumprindo prisão preventiva desde o dia 6 de dezembro de 2016.
A liminar foi deferida nesta segunda-feira, 20, a pedido do Ministério Público Federal, em mandado de segurança ajuizado no TRF2. A ordem vale até o julgamento do mérito do processo pelo colegiado, que ainda não tem data para ocorrer. A transferência de Adriana para prisão domiciliar havia sido determinada pela primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro na sexta-feira, 17, mas ela ainda não havia sido liberada.
Em sua decisão, o desembargador ponderou que o juízo de primeiro grau já havia apreciado a questão anteriormente e que, desde então, não houve novos fatos para justificar a alteração da situação da custódia da acusada.
Abel Gomes ressaltou que a decisão beneficiando a ré criaria expectativas vãs para a própria acusada, que poderia vir a ser presa novamente, e para outras mulheres presas preventivamente, que não conseguem o mesmo direito.
Advogada, Adriana Ancelmo é suspeita de ter recebido dinheiro desviado de empresas de construção em seu escritório. Ela e Sérgio Cabral foram presos na Operação Calicute, desmembramento da Operação Lava Jato.

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